sábado, 18 de outubro de 2008

Indicação urgente... Cozinha de mercado a bons preços num restaurante bonito e alegre...



Hoje vou escrever sobre um restaurante que recentemente teve uma mudança na cozinha, sem dar tempo para que ela se consolide, o que geralmente só acontece ao fim de uns meses. A urgência deve-se ao facto de António Sequeira, que há cerca de um mês começou a trabalhar no Rosa da Rua, não ser um "profissional" da cozinha e de ele próprio não ter a certeza se vai aguentar o desgastante ritmo diário de um restaurante. Mas como tem um grande conhecimento dos produtos e honestidade a tratá-los, como o restaurante é bonito e agradável, os preços são bons, acho que devo dar logo a indicação aos leitores que queiram aproveitá-la.

Quando digo que António Sequeira não é um profissional, não estou a ser exacto. Daí as aspas que pus no primeiro parágrafo. Afinal, ele tirou o curso de hotelaria em Bruxelas, onde então vivia, chegou a trabalhar em alguns restaurantes, mas depois a vida levou-o por outros caminos, incluindo o da agricultura biológica em Castelo Branco, de onde é natural. Amigo da dona do Rosa da Rua, Teresa Ferreira de Almeida, decidiu voltar à cozinha, dando novo alento a este restaurante do Bairro Alto que já conta com três anos, uma felicíssima recuperação de um espaço da autoria do vizinho e arquitecto Francisco Sequeira (que não é parente de António, só amigo). Conheci António Sequeira em casa de amigos comuns e, como já tinha visto que ele cozinhava a "sério", não perdi tempo a ir lá jantar, mal soube da sua nova ocupação. Já tinha ido há uns tempos e lembrava-me de pratos de caril, moquecas e outros de cariz exótico, que conviviam na lista com outros mais europeus.

Lembro-me de que gostei, achei o ambiente simpático, mas, não sei bem porquê, não fiquei com grande vontade de voltar. Agora, reservei mesa noutro nome, mas mal entrei deparei com António Sequeira, e foi ele quem nos indicou os pratos a escolher. Após um couvert com óptima broa de milho e humus (pasta de grão e tahini), a minha mulher e eu partilhámos um original e saboroso carpaccio de cavala, perfeitamente limpa, um pouquinho frio de mais, muito bem temperado com azeite negro. De seguida, um onglet com cebolas e batatas soufflé (que, embora secas de óleo, não estavam lá muito "empoladas"...), peça de carne de vaca muito pouco usada entre nós, que só tinha visto na lista da Travessa, restaurante também de influência belga. Vieram em quatro generosas fatias para cada um, suculentas, cheias de sabor, mas que ainda conseguiam ser melhores graças ao magnífico e desengordurado molho que as acompanhava. António Sequeira explicou-me como preparava, durante 12 horas, o fundo de carne que dá base ao molho e percebi como a sua formação em cozinha clássica faz toda a diferença. À sobremesa, fatias-da-china e leite-creme, para mim sem grande história, embora o segundo beneficiasse de ter sido queimado ao momento. Bebendo o tinto Quinta de la Rosa (26 euros), a conta foi pouco mais de 35 euros por pessoa, o que é bom preço.

A história não acaba aqui, porque um dia, ao ouvir falar de uma refeição que tinha custado umas centenas de euros, António Sequeira disse-me que fazer um brilharete a 1000 euros por pessoa não é difícil. Basta comprar caviar, foie gras, trufas, etc., e não estragar. Ele queria era ver alguém brilhar com uma refeição que custasse um euro...

Foi com essa história na cabeça que voltei no dia seguinte ao Rosa da Rua para experimentar o buffet de almoço que custa não um mas dez euros. Noutros dias há cozido e feijoada, mas desta vez provei pataniscas, ovas de pescada com legumes, ervilhas com ovos escalfados, esparguete com carne moída, tudo de razoável para cima. Bebendo duas imperiais e um café, ficou em exactos 13,6 euros, numa excelente relação qualidade/preço.

Espero que António Sequeira assente nesta casa, fazendo a sua "cozinha de mercado" a preços sensatos, usando as suas bases técnicas para nos proporcionar refeições alegres e descontraídas. Vou visitá-lo muitas vezes.
in revista NS' 145 (suplemento do Diário de Notícias)
18/10/2008 por Duarte Calvão

domingo, 10 de agosto de 2008

Férias 2008

Férias?! Quem falou em férias???

O Rosa da Rua não fechará as portas, por isso, esperamos a sua visita, tanto ao almoço como ao jantar!
Traga os seus amigos, familiares... nós ajudamos a organizar almoços e jantares para grupos... quer saber o que propomos para si? Contacte-nos!
Já sabe que os almoços são em regime Buffet (pratos de carne, peixe e vegetarianos; saladas e sobremesas - o café está incluído), tudo por 10€ por pessoa.
Os jantares são à la carte... ora espreite a ementa....
Entradas
Folhas de endívias regadas com Roquefort
Folhadinho de Chèvre com doce de abóbora
Patê de pato
Queijo de Chèvre gratinado com mel e nozes
Queijo de Borba gratinado com doce
Queijo da Serra com mel e nozes

Sopas
Sopa de tomate com ovo escalfado
Sopa duas cores – cenoura / espinafres

Saladas
Rúcula com alho francês, cebola e queijo Feta
Mista com alface, tomate, cebola e pepino
Peixe
Crepe de gambas com espargos
Bacalhau à Lagareiro
Robalo com pesto
Moqueca de gambas
Carne
“Eisbein” Rosa da Rua
Peito de frango recheado com alheira e espinafres
Bochechas de porco preto na massa folhada
Rojões com castanhas
Confit de pato com ninho de batata palha e espinafres
Bife da vazia com molho de amendoim
Bife do lombo como gostar mais...

Indiano
Caril de gambas de Goa
Sem carne e sem peixe
Navratan Korma
para terminar... algo doce...
sobremesas
Manga
Abacaxi
Laranja

Pudim de laranja
Leite creme queimado na hora
Marquise de chocolate
Crepe de caramelo
Crepe de chocolate e banana
Profiteroles com chocolate quente
Petit Gâteau
Como vê, razões não faltam para visitar o nosso espaço...
Para mais informações, não deixe de nos contactar!
T 21 343 21 95 @ rosadarua@gmail.com

terça-feira, 10 de junho de 2008

Rosa da Rua na Rua da Rosa

Situado em pleno Bairro Alto, o restaurante Rosa da Rua é um espaço peculiar, tendo adoptado um conceito que concilia a estrutura base do prédio centenário com um design que prima pelo acolhedor e prático.
O restaurante Rosa da Ra existe há três anos. Depois de dirigir uma escola na linha de Cascais durante 26 anos, Teresa Almeida deu "uma volta" de 180 graus à sua vida e criou este espaço. Partindo do gosto de "dar de comer aos amigos". Teresa Almeida recuperou um espaço que pertencera ao trisavô, um espaço que "toda a vida ouvi falar", sublinha. O Rosa da Rua evoluiu e "já não é propriamente apenas dar de comer aos amigos", transformou-se "em algo sério", confessa Teresa Almeida, cujo prazer pelo espaço "nunca esmoreceu", apesar de alguns cravos. Actualmente completamente integrada no Bairro Alto, "onde é giro viver, apesar das paredes sujas de graffitis e pejada de cartazes", a rosa deste restaurante confessa-se apaixonada "pelas pessoas, gritos e histórias" do bairro histórico lisboeta. A Francisco Sequeira, arquitecto autor deste projecto, Teresa Almeida diz que "não disse nada", somente "coloquei nas mãos dele um projecto limitado pelos custos", adianta à Traço.
Entre factores que Teresa Almeida destaca do espaço, "a qualidade acústica é incrível", resultante da "arquitectura em si" e uma "peça de design lindíssima, o balde de gelo", da autoria do designer dinamarquês Dens Quistgard. Passemos a palavra a Francisco Sequeira.
ESTRUTURA À VISTA
Boa tarde Francisco Sequeira! "Boa tarde!". "O objectivo foi ir reconstruindo [o espaço] há medida que se iam picando as paredes e percebendo o que ia aparecendo", começa por explicitar Francisco Sequeira. Enfrentando uma série de "surpresas", o autor do projecto descobre "uma estrutura de gaiola", sendo que, na ressaca de picar as paredes, "aparecia sempre uma pedra cuja composição varia bastante", O resultado foi o que acabou por o espaço "ganhar uma linguagem própria", daí que Francisco Sequeira tenha achado por bem "manter a estrutura com a pedra à vista", uma solução que cogitou, "não seria apoiada pelos donos por ser tão radical". De facto, isso não aconteceu, Teresa Almeida cumpriu a carta branca dada anteriormente a Francisco Sequeira (surpreendido) avançou. Terminada a tarefa de picar as paredes, "passou-se à escolha do pavimento", tendo a opção passado por um "pavimento de madeira", algo que, fez questão de frisar, "nos restaurantes também não é muito usual".
BOAS VIBRAÇÕES
O objectivo foi notório; constituir o restaurante como um "espaço acolhedor, não ser mais um qualquer restaurante e daí criar alguma surpresa e, acima de tudo, um grande conforto no seu interior". Tal como Teresa Almeida referiu à Traço, Francisco Sequeira destaca a "natureza sonora" como peça chave para dotar o espaço de conforto. Por conseguinte, trabalhando a parte acústica, o autor revela que "o tratamento adoptado para as paredes foi fundamental porque absorve o som e evita ecos". Mas não só, esta qualidade sonora resulta ainda dos tectos falsos, numa cor rosa forte como homenagem à rua em que se insere mas também "para não ter uma linguagem redundante, em contraste com a linguagem monótona das paredes", e do pavimento, claro está. Ao nível da cozinha, é uma zona em que domina o preto, ideia resultante de "criar ali um espaço escuro aberto mas que não interessa que se olhe para lá". Finalmente, um apontamento sobre a casa-de-banho, "que assumimos que teria de atravessar o pátio", onde se destacam os tons vivos do rosa, afinal estamos no Rosa da Rua.
Obrigado.
in revista Traço (suplemento do Jornal Construir n.º 128)
[arquitectura + design # 06] por Pedro Luís Vieira

sábado, 7 de junho de 2008

Euro2008 no Rosa da Rua!...



O Rosa da Rua apoia a selecção portuguesa! Veja apoiar Portugal connosco!
O Rosa da Rua dispõe de um ecrã onde passarão todos os jogos do Campeonato da Europa 2008.
Portanto, venha visitar o Rosa da Rua... jante ou almoce e torça por Portugal connosco!
Esperamos por si!...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Rosa da Rua nos guias ConVida!...

Guia Bairro Alto & Príncipe Real n.º9 - Maio a Novembro 2008 - Gratuito


O Rosa da Rua renova a participação nos guias ConVida, que nesta nova edição funde o guia do Bairro Alto com o guia do Príncipe Real...
Encontre-nos no guia BA-PR (Bairro Alto & Príncipe Real) na página 66!

Não se esqueça... São grátis!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O que poderá desfrutar neste final de semana?!

Veja o que a carta do Rosa da Rua reserva para si neste quente fim-de-semana...
Entradas
Folhas de endívias regadas com Roquefort
Patê de pato
Queijo da Serra com mel e nozes
Saladas
Rúcula com alho francês, cebola e queijo Feta
Mista com alface, tomate, cebola e pepino
Peixe
Caril de gambas de Goa
Crepe de gambas com espargos verdes
Moqueca de gambas
Robalo com pesto
Carne
"Eisbein" Rosa da Rua
Bochechas de porco preto na massa folhada
Confit de pato com ninho de batata palha e espinafres
Bife do lombo como gostar mais...
Sem carne e sem peixe
Navratan Korma
Para mais informações, contacte-nos! Faça já a sua reserva!...

sábado, 12 de abril de 2008

Na sua própria rua, uma rosa a conhecer...

A Rosa da Rua, uma evidência engraçada da Rua da Rosa, é um restaurante com uma história curiosa para contar. A sua proprietária, tendo deixado a actividade docente que exercia há um tempo, decidiu, numa estratégia de mudança, enveredar pela área da restauração. Tinha uma vantagem, como espaço possível de utilização. Em pleno Bairro Alto, em lugar nobre da Rua da Rosa, um prédio que pertenceu em tempos ao seu trisavô. Que o deixou como herança com a condição de não ser vendido fora da família. Assim, Teresa Ferreira de Almeida com a ajuda do seu marido, artista plástico, o responsável pela iluminação e uma inesperada instalação de barbies numa das paredes do restaurante e do arquitecto Francisco Sequeira na decoração, lançou-se à obra.

A Rosa da Rua é um restaurante bem frequentado, onde se misturam, contrariamente às tendências dos restaurantes de moda em Lisboa, pessoas diferentes. Estrangeiros sem ar de turistas, famílias, casais mais jovens. O ambiente resulta cosmopolita e o tom, como seria de esperar predominantemente rosa, fica bem entre a pedra à vista das paredes. O serviço é de uma suavidade simpática e eficaz, pouco comum

Na sua própria rua, uma rosa a conhecer.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Cheirinho a bom-gosto - Conjunção de elegância e simplicidade

A casa pertenceu ao bisavô da actual proprietária, Teresa Ferreira de Almeida, o qual pediu em testamento que não a vendessem.

Essa vontade foi respeitada e, quando Teresa decidiu pôr fim a 22 anos de carreira como professora, encontrou ali o espaço ideal para se dedicar a outra actividade de que gostava: a gastronomia. Com a ajuda do arquitecto Francisco Sequeira, transformou o rés-do-chão do prédio do Bairro Alto em restaurante. Vê-se a mão do arquitecto na combinação de materiais antigos com outros modernos, no som, na luz, no sentido estético de tudo, criando uma ambiente informal e, ao mesmo tempo, requintado.

Assim é, também, a cozinha, assente na tradição portuguesa com mais o que vem à imaginação de quem a faz. «Uma cozinha de amor», na expressão de Teresa Ferreira de Almeida. É como se estivesse em casa a cozinhar para a família e os amigos: vai misturando ingredientes, conjugando sabores e fazendo até combinações inusitadas, como as migas de espargos com ovo escalfado por cima ou as lulas recheadas com arroz e com acompanhamento de puré de batata. Alguns dos seus pratos já não podem sair da ementa, como as endívias regadas com Roquefort e o folhadinho de chèvre com doce de abóbora, nas entradas; o bacalhau na broa, as bochechas de porco preto em massa folhada e os rojões com castanhas, nos pratos principais; o pudim de laranja e a marquise de chocolate, nas sobremesas. De há um ano para cá serve almoços em sistema de bufete, a 10 euros.

in revista Visão 782 - 28/02/2008 por Manuel Gonçalves da Silva

a visitar...

a visitar...
[arquitectura & objectos]